Mitos e verdades sobre causas, prevenção e fatores de risco para o câncer

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Um tema constantemente em alta tanto na comunidade científica e médica quanto na população em geral é: o que causa, quais os fatores de risco e como prevenir o câncer. Ao longo dos anos, a ciência foi capaz de desmistificar alguns mitos, mas também de confirmar algumas hipóteses. Alguns mitos podem gerar sentimento de culpa e dificuldade de enfrentamento, em que o indivíduo com câncer acredita que possa estar sendo punido por algo que fez ou por certos comportamentos ao longo da vida. Por se tratar de uma temática de grande importância, serão expostos aqui mitos e verdades, baseadas em evidências, sobre o que pode causar e como prevenir o adoecimento por câncer.

  • Desenvolver câncer é um castigo

Mito – Sabe-se que o câncer é uma doença de causa multifatorial, ou seja, em que há a combinação entre fatores genéticos e ambientais (hábitos de vida diária), como alimentação, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, exposição excessiva ao sol sem proteção UV, entre outros. Entretanto, se expor a fatores de risco não significa que o indivíduo necessariamente desenvolverá câncer como um meio de punição, e sim que estes fatores, combinados com uma predisposição genética, podem aumentar a chance do surgimento da doença.

  • O câncer é hereditário

Parcialmente verdade – Por ser uma doença que resulta da interação entre fatores ambientais e genéticos do indivíduo, há influência da carga genética no desenvolvimento do câncer. Porém, estima-se que apenas 10% dos tumores seja correlacionado a fatores genéticos e que a maioria tenha influência do ambiente e de hábitos de vida diária. Apesar disso, há casos como o Retinoblastoma, um tipo de câncer nos olhos que ocorre principalmente em crianças, que é conhecido como hereditário, além de mutações genéticas raras, como a síndrome de Li-Fraumeni, em que os portadores apresentam chances aumentadas de desenvolver câncer.

  • O câncer é contagioso

Mito – O câncer não é contagioso, ou seja, não passa de uma pessoa para a outra por contato como os resfriados. No entanto, alguns vírus, como os da hepatite B ou o HPV, podem ser transmitidos pelo contato sexual, através de transfusões de sangue ou de uso compartilhado de seringas contaminadas.

  • Todo tumor é um câncer

Mito – Existem os tumores benignos e os tumores malignos. Apenas os tumores malignos são sinônimos de câncer.

  • Um tumor pode ser causado por um trauma, por exemplo, uma pancada decorrente de um acidente

Mito – A batida pode resultar na formação de um caroço, que é um hematoma, que, em exames rotineiros, se assemelha a um tumor, mas é benigno. O que pode acontecer ainda é um aumento do toque na região ou da realização de exames, devido ao ocorrido, que pode resultar no descobrimento de um nódulo que já estava presente. Entretanto, a Leucoplasia oral, caracterizada por uma placa branca que se forma na boca, possui risco de alterações morfológicas e transformação maligna. A Leucoplasia oral é mais comum em fumantes, mas pode ocorrer por traumas na mucosa oral, como em casos de uma prótese bucal mal adaptada ou hábito de morder o lado interno das bochechas.

  • Voar de avião, usar o forno micro-ondas ou ficar próximo a antenas de celulares e torres de energia aumenta o risco de desenvolver câncer

Mito – Estudos já foram realizados e até o momento não há evidência científica de que telefones celulares, ondas eletromagnéticas, micro-ondas e aviões possam causar tumores. Sabe-se apenas que a radioatividade em altas concentrações representa um fator de risco para desenvolver câncer, mas a radioatividade emitida por estes equipamentos é baixa.

  • Stress, depressão e outros problemas psicológicos podem causar câncer

Mito – Estudos já foram realizados e até o momento não há evidência científicas da existência de um nexo causal direto entre a presença de psicopatologias e o desenvolvimento de câncer. Apesar disso, sabe-se que alterações no sistema imunológico podem ser fatores de risco para o desenvolvimento de câncer e existem alguns estudos que relacionam o stress, depressão e outros distúrbios psicológicos a alterações no funcionamento do sistema imunológico do indivíduo. Adicionado a isso, no paciente já diagnosticado com câncer, esses sintomas podem levar a uma dificuldade maior para enfrentar o tratamento e dificultar o sucesso terapêutico.

  • Carne vermelha aumenta o risco de câncer

Verdade – Pesquisas mostram que consumo excessivo de carne vermelha (maior do que 500g por semana) e de embutidos (presunto, linguiça, salsicha) aumenta o risco de se desenvolver câncer de intestino grosso. Além disso, os embutidos aumentam ainda o risco de desenvolver câncer de esôfago e de estômago, pois contém nitrito como conservante.

  • Adoçantes aumentam o risco de desenvolver câncer

Verdade – Estudos experimentais, realizados em animais, revelam o potencial de determinados adoçantes artificiais, como o aspartame, ciclamato de sódio e sacarina sódica, para desenvolvimento de câncer.

  • Exercícios físicos são fatores de proteção contra o câncer

Verdade – A atividade física regular é fator de proteção contra diversas doenças crônicas e degenerativas, como hipertensão, diabetes e câncer.

  • O álcool é fator de risco para o câncer

Verdade – O consumo de álcool está relacionado ao câncer de cabeça e pescoço, esôfago, intestino e mama.

  • Tatuagem causa câncer

Mito – Até o momento, não há evidência de que as tatuagens estejam relacionadas ao desenvolvimento de câncer. Porém, os desenhos mais escuros podem, em alguns casos, dificultar exames clínicos de diagnóstico por esconder alguma alteração na pele.

  • Só devo me preocupar com o câncer se surgir algum sintoma

Mito – A maioria dos tumores cresce de maneira silenciosa. Por isso, o cuidado diário, exames periódicos e a prevenção são muito importantes.

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