Quem, quando e como contar

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O ideal é que os pais ou referência de cuidado da criança contem para ela sobre a doença na família, pois são neles que ela confia e com quem poderá contar.

Se você é esta pessoa e no decorrer da conversa chorar, não se preocupe, pois a criança se sentirá à vontade para chorar também se desejar. Não é preciso se fazer de forte e esconder seus sentimentos. Mas, se você realmente sentir que neste momento não está em condições de ter uma boa conversa com a criança, conte com algum parente ou amigo em quem você e ela confiem e tenham uma relação próxima.

Sobre o melhor momento para essa conversa, quanto antes a criança souber o que está acontecendo, melhor para todos. Logo após o diagnóstico, ainda existem muitas dúvidas sobre o que virá pela frente, então conte o que você sabe e abra espaço para que ela possa fazer perguntas e para novas conversas sempre que necessário.

Escolha um ambiente tranquilo e acolhedor e use uma linguagem simples e adequada a idade da criança, utilizando palavras que já façam parte do vocabulário dela.

É importante respeitar os sentimentos e opiniões da criança. Incentivá-la a expressar o que está pensando e sentindo é uma das melhores maneiras de ajudá-la a enfrentar e elaborar.

Responda às perguntas da criança de forma aberta e honesta, mesmo em relação àquilo que você não sabe. O mais importante não é falar tudo ou ter todas as respostas e, sim, mostrar-se como uma pessoa em quem se pode confiar. Respostas falsas ou evasivas costumam desencorajar outras perguntas e podem levar a criança a imaginar algo muito pior do que a realidade.

Demonstre atenção e interesse, agindo de modo que a criança perceba sua preocupação sincera com o seu bem-estar e a disposição para ajudá-la de todas as formas possíveis.

Transmitir sentimentos de amor, compreensão, aceitação e respeito é tão fundamental quanto as palavras empregadas na comunicação. Expressar uma atitude de confiança e esperança frente à doença e seus tratamentos ajuda a criança a desenvolver essa atitude em si mesma, além de fazê-la sentir-se mais segura e apoiada.

Também é importante que ela saiba que há diferentes tipos de câncer e que o que acontece a uma pessoa não precisa, necessariamente, acontecer à outra.

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