Além de respeitar as reações inerentes ao processo de luto presente no enfrentamento do câncer, alguns fatores facilitadores também podem auxiliar sua elaboração. São eles:
● O conhecimento dos sintomas, ciclo da doença e participação nas decisões em suas diferentes fases;
● Estrutura familiar flexível que permita reajuste de papéis;
● Boa comunicação com a equipe de profissionais envolvida no tratamento e entre os membros da família, bem como uma rede de apoio frente à situação.
Entretanto, também existem fatores que podem complicar a elaboração do luto, podendo desencadear um quadro depressivo:
● Dificuldades na comunicação com a equipe de saúde (especialmente médica);
● Tratamento de pouca qualidade;
● Falta de recursos econômicos e sociais;
● Padrões disfuncionais de relacionamento, outras crises familiares simultâneas à doença e a falta de uma rede de apoio.
É importante, se possível, buscar os fatores facilitadores e cuidar dos complicadores para que as perdas vividas possam ser assimiladas e novos significados possam ser construídos diante da realidade que se apresenta.
Lembre-se que o psicólogo, no consultório ou no âmbito hospitalar, pode auxiliar nesse processo, pois atua no suporte emocional tanto ao paciente quanto familiar, nos diferentes momentos do tratamento, com intervenções que podem beneficiar seu enfrentamento e qualidade de vida.