Cuidado X Superproteção

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Todo ser humano precisa de cuidado. Você concorda com essa afirmação?

Ao longo de nossa trajetória na vida convivemos com necessidades que devem ser supridas prontamente ou quando possível, como fome, frio, higiene etc, e outras tão fundamentais quanto essas para um desenvolvimento saudável, porém menos imediatas, como educação, espiritualidade, vida social.

Podemos chamar de cuidado todos os diversos aspectos que temos necessidade ou que nos conduzem ao desenvolvimento, desde os mais práticos como o auxílio para vestir-se, levantar-se, caminhar, aos mais subjetivos como ser compreendido, estimulado e valorizado, por exemplo. Dessa forma, consideramos que oferecer cuidado é algo amplo e complexo e pode ser muito diferente em diversas situações e períodos de nossa vida.

Pensando nas especificidades dos cuidados que os familiares prestam ao seu ente querido que trata de câncer, atentamos para a diferença entre cuidado ou superproteção. Alguns familiares ou cuidadores podem oferecer seu cuidado de maneira exacerbada, ainda que tenham a melhor das intenções. Exercer a superproteção pode trazer prejuízos, ainda que auxilie nas tarefas práticas de maneira breve ou integral (pegar um objeto, dar medicação, alimentação).

Sabemos que a vida da pessoa que trata de câncer pode sofrer alterações importantes, inclusive psíquicas. A manutenção da sua rotina ou da qualidade de sua vida é fundamental para o fortalecimento do paciente. Dessa forma, além de oferecer auxílio, é importante estimular sua autonomia para que a pessoa sinta-se útil, fortalecida e produtiva, como vinha sendo antes de adoecer.

O limite entre cuidar ou superproteger é sutil, sendo necessária a sensibilidade do familiar para rever seu comportamento. Um bom termômetro é colocar-se no lugar do outro e avaliar se você se sentiria de alguma maneira privado de sua liberdade de escolha, sua autonomia, seu desejo, ou seja, tudo aquilo que é singular e te faz ser quem você exatamente é. Esse exercício pode lhe ajudar a cuidar sem superproteger. Lembrando que, a condição de estar com câncer não tem que limitar ninguém, pelo contrário. É sim um período de luta e que precisa de cuidado de todos os tipos, de forma que a pessoa se fortaleça e se aproprie cada vez mais de sua vida. Estimular e preservar a autonomia é, acima de tudo, cuidar.

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